O longa “Bonitinha, mas ordinária”, readaptação da clássica obra de Nelson Rodrigues, é um dos filmes inscritos para a mostra competitiva desse ano. O diretor Moacyr Goes atualizou a tão famosa peça teatral - já levada antes ao cinema – como forma de apresentar à nova geração uma obra tão importante e que traz um assunto bastante atual, a crise de valores.
A primeira versão cinematográfica foi em 1963, com direção de J.P. de Carvalho e produção de Jece Valadão. Braz Chediak assinou a segunda adaptação, em 1980, com Lucélia Santos no papel-título. Na terceira, e mais recente, a trama segue a mesma, mostrando como a índole de Edgar, interpretado por João Miguel, é testada pela proposta de dinheiro fácil. Para que isso seja possível, ele só precisa se casar com a filha do patrão, que tem 17 anos. O motivo é que a jovem foi vítima de estupro coletivo e, agora, precisa de um noivo. O único problema é que Edgar é apaixonado por Ritinha, vivida por Leandra Leal.
O filme foi realizado há quatro anos, mas o processo de captação atrasou o lançamento. Se passar pela comissão julgadora do Festival de Maringá, essa versão bem particular do texto de Rodrigues, que se autointitulou como “anjo pornográfico”, poderá ser conferida entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro.
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